quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Exaltasamba visita o Parque São Jorge e fala sobre o Timão

Agência Corinthians

A paixão pelo Timão está também na música. O Corinthians.com.br convidou os corinthianos do grupo Exaltasamba para uma matéria no Parque São Jorge. Thiaguinho, Péricles e Brilhantina assistiram ao treino e ainda se encontraram com alguns jogadores, que já eram seus amigos.


Confira a entrevista feita com os três ilustres loucos do bando:

Por que você escolheu o Corinthians?
Brilhantina: Meu pai gostava do Santos, mas quando eu era garoto, me empolgava vendo a torcida do Corinthians. Eu ligava a televisão e via que a torcida e o time do Corinthians eram diferentes, tinham algo a mais. Nessa época eu tinha 15 ou 16 anos, aí eu comecei a gostar.

Péricles: Não sei explicar. Eu nasci corinthiano. Sou corinthiano antes de ser brasileiro. Minha família toda torce para o Corinthians. E meu amor cresceu na época do jejum. Sou da geração que cresceu amando o Corinthians independente de título. Se eu não fosse corinthiano, seria o cara mais triste do mundo.

Thiaguinho: Principalmente por causa do meu pai. É de família, meu avô era corinthiano, meus tios, minha família toda por parte de pai. Aí eu segui a tradição pela identificação com a família. Acho que o Corinthians é isso, não tem muita explicação, você já nasce corinthiano.

Quais são os seus maiores ídolos da história do Corinthians?
Brilhantina: Eu pirava vendo o Zenon jogar. Tem o Sócrates, o Marcelinho, que é o maior ídolo do Corinthians de todos os tempos, Casagrande, Wladmir. E mais recentemente eu gostava daquele time que tinha Vampeta, Marcelinho, Ricardinho, Dida, Batata, Gamarra, mas no Mundial era Adilson Batista e Fábio Luciano. Mas se for pra falar só de um, de todos que eu vi jogando, foi o Marcelinho Carioca. Não tem jeito, só faltava fazer chover.

Péricles: O Neto é um deles. Vaguinho, Palhinha, Zé Maria, Geraldão, Biro-Biro, Ataliba e Wladmir são grandes ídolos. Tupãzinho também, era nosso talismã. E hoje o Ronaldo é o maior deles.

Thiaguinho: O Marcelinho é um grande ídolo, marcou muito a minha infância. Acho que os maiores ídolos são feitos quando a gente é criança, que é quando a gente aprende a gostar, defender seu time na escola e na rua. O Neto e o Viola também foram grandes ídolos pra mim.

Qual jogo do Timão mais te marcou?
Brilhantina: Eu lembro de um jogo que eu fiquei louco, quando ainda era garoto: o Corinthians ganhou de 10 a 1 do Tiradentes, esse é um jogo que eu não esqueço. Eu também quase morri na final do Mundial. Que teve também o jogo contra o Real Madrid, que o Edilson deu uma caneta no Karembeu, aquilo eu nunca vou esquecer, foi mágico.

Péricles: Eu acompanhei boa parte da campanha das Copas do Brasil de 2008. A semi-final contra o Botafogo no Morumbi foi um jogão, me marcou muito. E no ano passado eu fui junto com o meu filho ver Corinthians 2 x 1 Santos no Pacaembu, um belo jogo, lembro que o Chicão fez um gol de falta. Esse me marcou muito porque foi o primeiro jogo que levei meu filho no estádio.

Thiaguinho: O que mais marcou minha vida foi a semi-final do Campeonato Paulista de 2001 contra o Santos. O Ricardinho fez o gol aos 48 do segundo tempo e classificou a gente para a final com o Botafogo. Eu lembro como se fosse hoje. Eu estava em outra cidade e fui correndo para Prudente, onde eu morava. Eu assisti o primeiro tempo de bar em bar, um pedacinho em cada, até conseguir chegar em casa. Foi o que mais me marcou.

De qual gol do Corinthians você mais lembra?
Brilhantina: Eu lembro muito de um gol daquele Corinthians 10 x 1 Tiradentes. O Ataliba cruzou a bola e acho que o Wladmir fez um gol de bicicleta lá da meia-lua da grande área. Foi coisa de cinema, a bola entrou no ângulo.
Péricles: O gol do Marcelinho no jogo contra o Santos, pela genialidade. Não consigo lembrar de um gol tão bonito quanto aquele. Teve também o último gol contra o Cianorte naquela Copa do Brasil, do Gustavo Nery, foi um gol do sofrimento, bem corinthiano.

Thiaguinho: Teve um gol de falta do Marcelinho contra o Palmeiras, na final do Paulista de 1995. A final do Campeonato Brasileiro de 1998, contra o Cruzeiro, eu assisti sozinho. Gritava como um louco da janela.

Você tem alguma superstição quando assiste aos jogos?
Brilhantina: Não sei se é superstição, mas quando o Corinthians joga algum ou uma partida importante, eu nem assisto. Não consigo ficar vendo, eu sofro muito, não o que me dá. É mais forte do que eu. No máximo eu ligo um pouco a televisão para ver o placar.
Péricles: Eu fico muito nervoso, seja aonde for. Não é superstição, mas eu prefiro não falar com ninguém durante o jogo. Ou até ficar sozinho, principalmente se estou em um lugar em que não conheço ninguém. Porque eu sou torcedor, e o torcedor é um amante ensandecido, então eu extravaso, não consigo medir palavras, e é melhor fazer isso na companhia de quem me conhece, ou sozinho.

Thiaguinho: Tenho várias. Uma é a do canal, se o Corinthians está jogando mal ou leva um gol, eu troco de emissora. Outra é ficar fazendo figa, faço sempre que o Corinthians está sendo atacado. Lembro que uma vez eu estava assistindo a um jogo entre Corinthians e Palmeiras em Prudente, aí resolvei soltar a Figa, e o Viola, que estava jogando no Palmeiras, marcou um gol de cabeça. Nunca mais deixei de fazer figa.

Você lembra do seu primeiro jogo no estádio?
Brilhantina: Foi um Corinthians x Santos, 2 a 1 para o Timão. Quem fez o gol do Santos foi o Zé Sérgio, e acho que o Rivellino marcou um do Corinthians. Foi em 1979 ou 1980. Meu pai tinha medo de ir ao estádio, então um vizinho viu que eu era corinthiano fanático e me levou pra ver o jogo. Eu já era encantado com a torcida só vendo pela televisão, e na minha primeira vez no estádio já tive a oportunidade de ver um clássico. O Pacaembu estava completamente lotado, eu fiquei encantado.

Péricles: O primeiro que eu lembro com a minha família foi contra o São Paulo. Quando o Dida defendeu dois pênaltis do Raí. Eu estava lá. Fiquei dois dias sem conseguir falar.

Thiaguinho: Acho que foi um Corinthians x Palmeiras em Prudente. O Corinthians perdeu, o Djalminha jogou muito. Mas foi mágico poder ver o time entrando em campo. E ver a torcida gritando foi muito marcante.

Como é a sua relação com os jogadores do elenco atual?
Brilhantina: A rapaziada vai bastante nos nossos shows, principalmente o Dentinho e o Elias. Os caras gostam do nosso trabalho, e a gente é fã deles, aí não tem jeito.

Péricles: A relação de nós do Exalta é muito estreita com vários jogadores, não só do Corinthians. Eles gostam muito do trabalho do Exaltasamba, fazem questão de ir aos shows e divulgar a banda. Temos vários amigos, é até injusto citar, mas o Jorge Henrique é um deles. O próprio Adilson, antes mesmo de virar técnico do Corinthians, ele já falou algumas vezes que o Exaltasamba é uma das bandas que ele gosta. Isso é prazeroso.

Thiaguinho: Ótima. Tenho grandes amigos no time. O Dentinho é um deles, o Elias também, estava com eles ontem, inclusive. O Ronaldo é outro grande amigo. Fiz amizade com outros que já passaram, como o André Santos. Gostamos bastante do Adilson, desde antes de vir para o Corinthians. Eles vão aos shows, a gente joga um futebol às vezes. O Roberto Carlos e o Jorge Henrique também são amigos nossos. A gente gosta bastante do Andrés Sanchez também. Se eu for falar todo mundo, vai demorar. Fica fácil, porque eles gostam do nosso trabalho e a nós gostamos do trabalho deles.

Como é ser corinthiano desde criança e hoje em dia ser amigo de vários jogadores?
Thiaguinho: É muito bom! A gente joga um futebol às vezes, o “Futeba dos Cururu” que eu falo direto no Twitter, o Dentinho e o Elias estão sempre lá. Mas eu não deixo as coisas se misturarem. Quando eu estou no estádio, sou torcedor, xingo se for preciso. Eu costumo falar que o Corinthians eu tenho certeza que não vai me trair, é uma coisa muito séria na minha vida. É um amor que até assusta. O Corinthians é uma das grandes paixões da minha vida.

Vocês acompanham os jogos quando estão na estrada?
Brilhantina: Sim, sempre assistimos juntos. No último jogo (Corinthians x Flamengo) o gol saiu quando a gente estava no hotel, eu gritei muito, todo mundo me ouviu.

Péricles: É difícil, mas a tecnologia permite. Se não podemos ver pela televisão, vemos no telefone, ouvimos no rádio.

Thiaguinho: É difícil. Principalmente no Nordeste, dificilmente passa um jogo do Corinthians. Mas eu acompanho pela internet, compro jornal, assisto aos programas de esportes.

Vocês têm contato com outros músicos corinthianos?
Brilhantina: É o nosso mundo. Nós somos amigos não só do pessoal do pagode, conhecemos músicos de vários estilos, como o rock, o sertanejo e o reggae. Participamos de um programa de televisão com vários corinthianos: DJ Negralha, Xis, Negra Li, Betinho, Beto Lee, o pessoal do CPM 22 e do Inimigos da HP. Foi muito bacana.

Péricles: Temos. Já encontrei o Japinha no estádio. O DJ Negralha, do Rappa, cresceu com a gente, é um grande corinthiano. Esses são os mais próximos.

Thiaguinho: Falamos muito sobre futebol, principalmente o Corinthians, com o pessoal do Jeito Moleque. Às vezes assistimos aos jogos juntos. Encontramos o Japinha no estádio também. Temos vários amigos.

Já chorou pelo Corinthians?
Brilhantina: Já, várias vezes. Quando o Marcos pegou o pênalti do Marcelinho e fomos eliminados da Libertadores, parecia que tinha morrido alguém da minha família.

Péricles: Já, meu Deus do Céu. Choro mesmo, quando o time entra no estádio, quando toca o hino, quando é campeão. Em 1990 eu chorava como criança, nosso primeiro Campeonato Brasileiro, nem o torcedor mais otimista poderia esperar.

Thiaguinho: Muito. Eu fico mal, não falo com ninguém depois de derrotas sérias. Logo depois do rebaixamento, o Exaltasamba tinha um show em Salvador. Foi muito difícil fazer.

Como é o relacionamento com o pessoal da banda que torce para outros times?
Brilhantina: A gente leva muito na boa. Tem o momento de tirar um barato e o momento de aguentar os outros. Quando o time do Pinha ganha, não tem como aguentar, ele fica insuportável. E corinthiano igual ao Thiaguinho eu nunca vi. Quando eu era mais novo, era pior do que ele. Hoje já sou mais tranquilo, mas continuo corinthiano doente.

Péricles: Eu costumo dizer que contra força não há resistência. Como nós somos a maioria, os outros tem que seguir aquilo que a gente manda. Mas cada um torce para o seu time e a gente costuma respeitar da melhor forma possível.

Você costuma ir ao estádio?
Brilhantina: Confesso que vou muito raramente hoje em dia. Eu ia bastante quando era mais novo, mas hoje tenho um pouco de medo da violência. Se dependesse só de mim, eu ia em todo jogo.

Péricles: Não vou muito pela questão do tempo, mas vou ao estádio sempre que posso. E procuro levar meu filho sempre que possível.

Thiaguinho: Vou bastante. Não consigo ir tanto porque na maioria dos finais de semana nós estamos trabalhando, mas estou no estádio sempre que posso. Já fiz algumas loucuras: em época de gravação de DVD eu ia no estádio com cachecol e ficava me controlando para não gritar e ficar sem voz.

Qual a maior alegria que você já teve com o Corinthians?
Péricles: Esse time não me dá tristeza. Ser corinthiano já é a maior alegria que eu poderia ter.

Thiaguinho: O Corinthians já me deu várias alegrias. As maiores eram nos tempos de escola. Quando perdia um clássico eu até faltava, mas quando ganhava, no dia seguinte eu ia pra escola feliz, com a camisa por baixo do uniforme. Era muito bacana.

Depois de falar com o site oficial do Corinthians, Thiaguinho, Péricles e Brilhantina foram recebidos pelos jogadores e conheceram os vestiários do Parque São Jorge. A conversa entre os amigos teve um clima de bastante descontração. No fim, o lateral Roberto Carlos ainda presenteou o vocalista Thiaguinho com um par de chuteiras

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